A Marinha dos Estados Unidos descobriu que integrantes da tripulação do navio de guerra USS Manchester usavam, secretamente, a internet via satélite da Starlink. A empresa pertence ao bilionário Elon Musk.
Segundo informações do portal Navy Times, o esquema foi montado para permitir o acesso a entretenimento, placares esportivos e contato com familiares, contrariando normas de segurança. O caso ocorreu em abril de 2023, mas só veio à tona este ano.
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A rede clandestina, apelidada de "Stinky", era de uso restrito a cerca de 15 oficiais de alta patente, excluindo militares em postos inferiores.
Apontada como líder do esquema, a comandante Grisel Marrero afirmou que o sistema funcionava apenas quando o navio estava atracado.
Marinha proíbe acesso a antena de internet por segurança
A Marinha proíbe o uso de redes externas a bordo por questões de segurança, temendo que possam comprometer sistemas críticos e expor informações sensíveis a ciberataques.
Diante da gravidade do caso, um inquérito foi instaurado para apurar a extensão dos danos e avaliar a veracidade das declarações da comandante Marrero.
"O perigo que esses sistemas representam para a tripulação, o navio e a Marinha não pode ser minimizado", diz o relatório da investigação, que também chama o esquema de "conspiração criminosa".
Em novembro de 2023, os investigadores concluíram que Griesel Marrero mentiu sobre o funcionamento da antena. Como punição, ela foi rebaixada a uma patente inferior em agosto deste ano.
O que é a Starlink
A Starlink é um serviço de internet banda larga de alta potência. Ao fundar a empresa, Elon Musk afirmou que seu objetivo era lançar cerca de 42 mil satélites no espaço para isso.
O fundador da SpaceX e dono do X aposta no uso da tecnologia para reduzir custo e chegar a todos os lugares do planeta. Cada satélite tem múltiplas antenas de alto desempenho.
Isso faz com que os sinais sejam transmitidos com maior rapidez e de forma mais barata, por se combinar com a retransmissão de antenas pela Terra.
Metrópoles