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Após quase 1 ano em Gaza, Israel prepara "nova guerra" no Líbano

O Líbano pode voltar a ser palco de uma nova guerra entre Hezbollah e Israel, dezoito anos após o conflito de 2006, que matou mais de 1,3 mil pessoas em 34 dias.


O Líbano pode voltar a ser palco de uma nova guerra entre Hezbollah e Israel, dezoito anos após o conflito de 2006, que matou mais de 1,3 mil pessoas em 34 dias. A nova tensão no Oriente Médio surge no momento em que o conflito na Faixa de Gaza está prestes a completar um ano longe de uma solução pacífica.

Após os ataques a dispositivos eletrônicos do grupo Hezbollah, o governo israelense anunciou, nessa quarta-feira (18/9), que tropas estavam sendo deslocadas para a fronteira com o Líbano. A decisão foi anunciada pelo ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant.

Dias antes, Benjamin Netanyahu já havia sinalizado uma expansão nas operações contra o Hezbollah no Líbano, em um comunicado divulgado por seu gabinete, visando garantir a segurança de israelenses no norte do país.

O premiê israelense teria informado o governo dos Estados Unidos sobre a “mudança fundamental” nas operações contra o Lìbano.

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Normalização da situação no norte

Desde o início da guerra na Faixa de Gaza, Hezbollah e Israel têm trocado uma série de agressões através da fronteira entre os dois países, e acenderam o alerta de uma possível guerra direta no Líbano.

Além de mortes e destruição, os ataques mútuos obrigaram milhares de israelenses que residiam na região a deixarem o norte do país. Já no Líbano, fontes ouvidas pelo Metrópoles relatam um aumento nos bombardeios contra o país desde o último ano.

O argumento principal do governo israelense é o de que apenas uma expansão da guerra para o Líbano poderia normalizar a situação no norte de Israel, garantindo que moradores da região retornem às suas casas.

“Estamos muito determinados a criar as condições de segurança que permitam o regressos dos residentes às suas casas, às comunidades, com um elevado nível de segurança, e estamos prontos para fazer tudo o que for necessário para que estas coisas aconteçam”, declarou o Chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel (FDI), major Herzi Halevi, ao comentar sobre a expansão das operações no Líbano.

Não foi informado quando uma possível ofensiva terrestre contra o Hezbollah, que atua em território libanês, pode começar.

Pagers e rádios explosivos

Após a movimentação de Israel, e os ataques contra dispositivos como pagers e rádios walkie-talkies que mataram 32 pessoas no Líbano, o governo do país disse enxergar as ações do governo israelense como uma “introdução à guerra”. O Hezbollah, e autoridades libanesas, acusam Israel de estar por trás das ações.

“[Antes] houveram combates nas fronteiras, às vezes escaladas [nas tensões], mas agora você está falando sobre uma guerra, é a introdução de uma guerra”, declarou o ministro das Relações Exteriores do Líbano, Abdallah Bou Habib, em entrevista à CNN na quarta-feira (18/9).

Desde a última terça-feira (14/9), o Hezbollah tem sido alvo de ataques por meio de aparelhos eletrônicos. Primeiro, pagers utilizados por membros do grupo xiita explodiram, de forma sincronizada, deixando mais de 4 mil feridos e 12 mortos.

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Um dos modelos de pagers que explodiram no Líbano

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Eles são fabricados pela empresa Gold Apollo, registrada em Taiwan

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Dispositivos teriam explodido após baterias superaqueceram

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Características dos aparelhos destruídos se assemelham ao modelo vendido pela empresa de Taiwan

Reprodução/Telegram

Um dia depois, rádios walkie-talkies apresentaram o mesmo problema, matando vinte e provocando ferimentos em mais de 400 pessoas. O Ministério da Saúde do Líbano afirma civis estão entre as vítimas, incluindo duas crianças.

 

As circunstâncias que provocaram as explosões ainda não estão claras. Contudo, uma das hipóteses é a de que os aparelhos tenham sido alvo de um ataque cibernético de Israel, que ainda pode ter sabotado os dispositivos antes de terem chegado ao Líbano.

Apesar das acusações e da ameaça de retaliação por parte do Hezbollah, o governo de Israel ainda não se pronunciou sobre o caso.

 

Metrópoles

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