Nicolás Maduro, que tenta se manter no poder na Vanezuela, culpou o TikTok e Instagram pela onda de protestos no país após sua reeleição em um pleito marcado por polêmicas e falta de transparência. A fala do presidente linha dura aconteceu nesta segunda-feira (5/8), durante evento de comemoração ao aniversário da Guarda Nacional Venezuelana.
“Acuso o TikTok e Instagram por sua responsabilidade na instalação do ódio para dividir os venezuelanos, para buscar uma matança e divisão na Venezuela, para trazer o fascismo à Venezuela”, disse Maduro.
Sem apresentar qualquer tipo de prova, o herdeiro político de Hugo Chávez disse que o país enfrenta um “golpe de Estado ciberfascista”, cujo um dos objetivos é “dividir”, “desmoralizar” e “desmobilizar” as Forças Armadas da Venezuela.
Leia também
-
Mundo "Violência não vai derrubar a verdade", diz líder da oposição a Maduro
-
Mundo Maduro diz estar em contato com Celso Amorim e agradece ao Brasil
-
Mundo “Se querem paz, respeitem a Constituição”, diz Maduro sobre eleições
-
Mundo Sem apresentar atas, CNE da Venezuela confirma reeleição de Maduro
Maduro ainda afirmou que tais plataformas atuam no país “sem qualquer tipo de regulação”, mas disse esperar que os órgãos de segurança da Venezuela façam “recomendações” sobre o assunto.
A retórica de Maduro contra supostos agentes estrangeiros interferindo na política venezuelana surge mais de uma após o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) anunciar sua vitória nas eleições, realizadas no último dia 28 de julho.
Até o momento, o órgão eleitoral não apresentou os dados das atas eleitorais, que poderiam confirmar a vitória ou mostrar uma derrota de Maduro no pleito.
Apesar de o líder chavista afirmar que o atraso se dá por conta de um suposto ataque hacker contra o sistema do CNE, a demora e falta de transparência tem provocado incertezas na comunidade internacional sobre o futuro da Venezuela.
Metrópoles