O governo brasileiro, por meio de nota do Ministério das Relações Exteriores (MRE), informou acompanhar “com atenção o processo de apuração” da eleição para presidente na Venezuela e parabenizou o “caráter pacífico da jornada eleitoral”. Eleitores foram às urnas no domingo (28/7).
Segundo o texto, o governo brasileiro “reafirma ainda o princípio fundamental da soberania popular, a ser observado por meio da verificação imparcial dos resultados”.
O MRE também “aguarda, nesse contexto, a publicação pelo Conselho Nacional Eleitoral de dados desagregados por mesa de votação, passo indispensável para a transparência, credibilidade e legitimidade do resultado do pleito”.
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A nota vai de acordo com o posicionamento dado mais cedo pelo assessor especial de assuntos internacionais da Presidência da República, Celso Amorim. Segundo o assessor, é preciso cautela e o Brasil aguardará todas as atas ao redor da Venezuela para reconhecer um resultado.
A população tinha que decidir entre dois principais candidatos: o atual presidente, Nicolás Maduro, ou o opositor Edmundo González.
Na madrugada de segunda-feira (29/7), o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela anunciou Maduro como vencedor. A oposição, no entanto, disse que González ganhou com ao menos 70% de votos, mas não apresentaram provas.
Após a divulgação da reeleição de Maduro, o site do CNE saiu do ar e continua inacessível.
Os opositores, em coletiva de imprensa, acusaram irregularidades no processo eleitoral e citaram dificuldade de acesso às atas impressas das zonas eleitorais. Eles teriam obtido apenas 40% dos documentos para checagem.
As vésperas do pleito foram marcadas por um clima de tensão, com ameaças de Maduro de um “banho de sangue” caso perdesse e ataque aos processos eleitorais do Brasil e Estados Unidos.
Metrópoles