Na tarde desta terça-feira (21), a Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) negou, pela segunda vez, o pedido de habeas corpus e liberdade provisória ao policial penal Raimundo Nonato Veloso da Silva Neto. O agente é acusado de assassinar Wesley dos Santos, de 22 anos, e tentar matar Rita de Cássia da Silva, de 20 anos, durante a última noite da Expoacre, em agosto de 2023.
A defesa de Raimundo Nonato apresentou o recurso alegando falta de fundamentação na decisão que o mantém preso e excesso de prazo na conclusão do processo. No entanto, esses argumentos não convenceram a relatora do processo, desembargadora Denise Bonfim, que decidiu manter a prisão preventiva do acusado. O voto da magistrada foi acompanhado pelos outros dois desembargadores da Câmara Criminal.
No mês passado, a 1ª Vara do Tribunal do Júri de Rio Branco iniciou uma audiência de instrução e julgamento para decidir se Raimundo Nonato seria julgado pelo Tribunal do Júri. No entanto, a sessão foi suspensa a pedido do Ministério Público do Estado do Acre. A defesa do policial penal já anunciou que pretende apresentar um novo pedido de liberdade na conclusão da audiência, cuja data ainda será marcada.
Raimundo Nonato Veloso da Silva Neto foi preso em flagrante na madrugada de 7 de agosto de 2023, quando, em visível estado de embriaguez alcoólica, matou Wesley dos Santos e feriu gravemente Rita de Cássia. Apesar de ter sido liberado no dia seguinte após uma audiência de custódia, ele permanece preso enquanto aguarda o andamento do processo judicial.
O caso continua a atrair atenção devido à gravidade dos crimes e ao envolvimento de um agente de segurança pública. A comunidade e as famílias das vítimas aguardam justiça para os trágicos eventos que marcaram a última Expoacre.
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