Imagens retiradas de um vídeo, obtido com exclusividade pela CNN, mostram um grupo de três soldados ucranianos rendidos em uma aparente execução, depois que sua trincheira, perto da cidade de Pokrovsk, foi invadida por tropas russas.
Imagens retiradas de um vídeo, obtido com exclusividade pela CNN, mostram um grupo de três soldados ucranianos rendidos em uma aparente execução, depois que sua trincheira, perto da cidade de Pokrovsk, foi invadida por tropas russas.
Em um primeiro momento, os soldados aparecem com as mãos nas cabeças e ajoelhados. No próximo registro, feito por um drone ucraniano, os homens estão deitados de bruços e imóveis.
Os soldados rendidos foram mortos em vez de serem aprisionados. As imagens são fortes.
Veja abaixo:
3 imagens
Três soldados ucranianos rendidos
Reprodução/ CNNSoldados aparecem com as mãos nas cabeças e ajoelhados
Reprodução/ CNNHomens aparecem deitados de bruços e imóveis, sem vida
Reprodução/ CNNDe acordo com fontes de inteligência da defesa ucraniana à CNN, a chacina não é uma novidade e faz parte de um padrão russo. Ao menos 15 casos de execuções de tropas ucranianas rendidas foram interceptados desde novembro.
O gabinete do procurador-geral da Ucrânia investiga 28 incidentes do tipo, ocorridos desde o início da guerra, em fevereiro de 2022. Desde então, pelo menos 62 militares ucranianos morreram rendidos.
Os promotores ucranianos afirmaram à CNN que os supostos assassinatos são crimes de guerra. "Se os prisioneiros de guerra se rendem, se eles mostram que se rendem, se eles estão sem armas em suas mãos, então a execução sumária é um crime de guerra", disse Andriy Kostin, promotor-geral da Ucrânia.
Kostin argumenta que tais crimes foram cometidos em diferentes áreas da Ucrânia e que, por isso, Kiev tem "uma oportunidade de alegar que tal política russa poderia ser [elevada] a crimes contra a humanidade. Essa política é orquestrada pelo Kremlin. É uma ordem de comandantes específicos”.
Para o promotor, as execuções em campo de batalha poderiam se tornar parte de um caso de genocídio mais amplo, devido a sua natureza sistemática.
Em maio, o relator especial da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre execuções extrajudiciais, sumárias ou arbitrárias, dr. Morris Tidball-Binz, visitou a Ucrânia, a convite de Kiev, para examinar relatos de execuções extrajudiciais em combate.
A cidade de Pokrovsk, na Ucrânia, tem papel fundamental como centro de logística das forças do país, por ter uma estação ferroviária importante e estar localizada ao centro de várias estradas que a conecta com outros pontos militares.
Apesar de tentar dominar a cidade há meses, Moscou continua insistindo, mesmo após a conquista recente de Kiev, na região fronteiriça russa de Kursk.
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