O governo dos Estados Unidos anunciou a libertação de 135 presos políticos na Nicarágua, nesta quinta-feira (5/9).
O governo dos Estados Unidos anunciou a libertação de 135 presos políticos na Nicarágua, nesta quinta-feira (5/9). Segundo a Casa Branca, a medida só foi possível após meses de negociações entre os dois governos.
“A administração Biden-Harris garantiu hoje a libertação de 135 presos políticos injustamente detidos na Nicarágua, por motivos humanitários”, escreveu o governo dos EUA em um comunicado.
De acordo com Washington, os presos libertados são todos cidadãos da Nicarágua, entre eles “leigos, católicos, estudantes e outros que Daniel Ortega e Rosario Murillo consideram uma ameaça ao seu governo autoritário”. Todos eles serão encaminhados para a Guatemala, antes de irem para os Estados Unidos ou outros países.
No último ano, mais de 200 prisioneiros políticos também foram libertados e enviados da Nicarágua para os EUA.
Presidente da Nicarágua desde 2007, Daniel Ortega é conhecido pela forte repressão a opositores no país.
Segundo estimativas do Mecanismo de Reconhecimento de Presos Políticos da Nicarágua, que engloba um conjunto de ONGs de direitos humanos, mais de prisões políticas aconteceram no país desde 2018.
Antes aliados, a relação entre Daniel Ortega e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estremeceu nos últimos meses. No início de agosto, Nicarágua expulsou o embaixador brasileiro do país após ele não comparecer em um evento comemorativo dos 45 anos da revolução no país.
O Brasil adotou a reciprocidade, e também ordenou a retirada do representante nicaraguense.
"A forma como Lula se comportou diante da vitória do legítimo presidente da Venezuela foi vergonhosa, vergonhosa, repetindo os slogans dos ianques [EUA], dos europeus e dos governos rebaixados da América Latina", declarou Ortega. "Você também está se rebaixando, Lula".
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