Em 2024, Rio Branco viveu a segunda maior enchente registrada em sua história, desde que a medição começou a ser feita em 1971. No último dia 6 de março, o manancial atingiu sua maior cota do ano: 17,89m.
Apesar do estrago causado pelo alagamento do Rio Acre, água barrenta contribui para a qualidade do solo e a correnteza do rio transporta a própria fertilidade e fica disponível para quem quiser cultivar, mas a água não é capaz de garantir sozinha que essa riqueza no solo seja suficiente para manter as plantações.
Desempregado e ainda sem ter a sua aposentadoria aprovada, seu Antônio da Silva Dias, de 59 anos, aproveita o solo fértil para plantar milho, feijão, maxixe, melancia e banana.
Eu comecei do zero. Comecei plantar devagarinho e pensei que não, estava grandão. Não tenho de onde tirar e meu sustento é essa praia. E aí estou vivendo, né?", disse o agricultor.
Seu Antônio conta que foi abandonado pela ex-mulher quando estava praticamente cego. Após tratamento recuperou a visão e hoje vive sozinho sobrevivendo de sua plantação a margem do Rio Acre e fazendo o que mais gosta.
"Eu gosto de trabalhar. Me sinto bem. Quanto mais eu trabalho, mais vontade dá. É isso que é importante para pessoa", afirma seu Antônio.
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