Docentes aprovaram a deliberação nesta segunda (29). Servidores técnico-administrativos da Ufac estão em greve desde 11 de março e do Ifac desde o último dia 5.
Docentes da Universidade Federal do Acre (Ufac) aprovaram, nesta segunda-feira (29), a deliberação em favor do movimento nacional e devem entrar em greve por tempo indeterminado na próxima quinta (2). A categoria reivindica reestruturação de carreira, recomposição salarial e orçamentária e revogação de normas aprovadas nos governos de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL).
A deliberação foi divulgada pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE/Ufac) após assembleia geral da Associação dos Docentes da Ufac (Adufac). Os professores decidiram pela paralisação com 149 favoráveis, 11 contra e três abstenções.
No estado, os servidores técnico-administrativos da Ufac estão em greve desde 11 de março. Os servidores administrativos do Instituto Federal do Acre (Ifac) também aderiram à paralisação no dia 5 de abril.
Ao menos, 52 universidades e 79 institutos federais no Brasil estão em greve, de acordo com um levantamento realizado pelo g1.
Além das pautas nacionais, os professores do estado acreana defendem o funcionamento do Restaurante Universitário (RU) e a abertura das bolsas de assistência estudantil.
Ainda segundo a Adufac:
A proposta da categoria é que esse reajuste reivindicado seja dividido em três parcelas iguais de 7,06%, com pagamento a partir de maio de 2024.
São destacados ainda outros seis motivos para a greve:
No último dia 16, os servidores técnicos-administrativos da Ufac aceitaram a proposta do governo federal sobre os reajustes de auxílio alimentação, creche e saúde. contudo, a greve continou no estado acreano.
O texto que o governo colocou na mesa concedeu o reajuste já a partir de maio deste ano:
A assembleia de greve para discutir as pautas do movimento ocorreu no anfiteatro Garibaldi Brasil, em Rio Branco. O movimento é organizado pelo Sindicato Estadual dos Trabalhadores em Educação de Terceiro Grau do Acre (Sintest/AC).
Já no último 20, os servidores participaram de uma reunião com o governo federal para debater sobre a proposta do reajuste salarial e reestruturação da carreira. Contudo, não houve avança e os servidores decidiram manter a paralisação.
Os técnicos-administrativos reivindicam as seguintes melhorias:
Já os servidores do estado acreano colocaram em pautas algumas necessidades locais, como:
Por conta da paralisação, as matrículas na Ufac estão suspensas e pode prejudicar o início do ano acadêmico, previsto para iniciar na segunda (23). À Rede Amazônica Acre, a pró-reitora de graduação, Ednaceli Damasceno, disse que já foi feita chamada regular, que é a primeira, contudo, nem metade das vagas foram preenchidas pelos alunos do primeiro período dos cursos.
Das 2,3 mil vagas, pouco mais de mil foram ocupadas.