Com o avanço da enchente ao longo do Rio Acre, importantes locais culturais de Rio Branco enfrentam as consequências. O Cine Teatro Recreio e a sede da Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM) foram invadidos pelas águas, levando à retirada dos equipamentos do local. A informação foi confirmada pelo presidente da FEM, Minoru Kinpara, à Rede Amazônica Acre.
Ambos os espaços, situados na Rua Senador Eduardo Assmar, próxima à margem do rio, são essenciais para a vida cultural da cidade. Na sede da FEM, também abriga-se a Galeria de Arte Juvenal Antunes. O nível do Rio Acre atingiu 17,28 metros às 9h desta sexta-feira, avançando pelo Calçadão da Gameleira.
"A água já chegou no Cine Teatro Recreio. Retiramos todo o equipamento. Na Galeria Juvenal Antunes, fizemos um piso elevado para colocar os móveis da parte de baixo do prédio administrativo da FEM", explicou o presidente do órgão.
O Rio Acre mantém-se acima de 17 metros desde às 15h desta quinta-feira, deixando mais de 4,3 mil pessoas desabrigadas em Rio Branco, segundo a Defesa Civil Municipal. O maior nível já registrado na história da capital foi de 18,40 metros em 2015.
Por conta dos transtornos, os serviços administrativos da fundação foram temporariamente transferidos para a Biblioteca Pública e o Museu dos Povos Acreanos, ambos localizados no Centro de Rio Branco.
"Iremos distribuir os nossos espaços administrativos entre a Biblioteca Pública e o Museu dos Povos Acreanos, pois teremos que desligar a energia elétrica de todo o prédio", acrescentou Kinpara.
A comunidade unida agora se mobiliza para ajudar aqueles que foram afetados pela cheia, com a Biblioteca Pública convertendo-se em ponto de arrecadação para a campanha "Juntos Pelo Acre", lançada pelo governo estadual para arrecadar doações.