Cidades Enchente

Em Jordão, moradores começam a retornar após redução do Rio Tarauacá

Por Redação

27/02/2024 às 20:57:22 - Atualizado há

Após uma enchente devastadora que inundou cerca de 80% do município de Jordão, no interior do Acre, finalmente surge um vislumbre de esperança. O nível do Rio Tarauacá, responsável pelos estragos, começou a reduzir, permitindo que as famílias deslocadas comecem a retornar para suas casas. Conforme relatórios da Defesa Civil local, o rio registrou 5 metros às 17h de segunda-feira (26), marcando uma significativa diminuição em relação à medição anterior, quando atingiu a marca alarmante de 9,55 metros. A ausência de uma nova medição nesta terça-feira (27) ainda mantém a expectativa sobre a estabilização da situação.

Essa catástrofe é parte de uma realidade mais ampla que assola o estado do Acre em 2024, com uma cheia histórica afetando mais de 11,5 mil pessoas em todo o território, entre desabrigados e desalojados. A situação é tão crítica que 17 das 22 cidades acreanas foram declaradas em estado de emergência, evidenciando a gravidade do transbordamento de rios e igarapés.

O prefeito Naudo Ribeiro expressou profunda preocupação com as comunidades indígenas, as mais impactadas pela tragédia. Além das perdas materiais, como casas e pertences, a enchente comprometeu severamente a produção agrícola, que representa a principal fonte de sustento para essas populações. Com a migração dessas comunidades para a cidade em busca de recursos e apoio, as demandas por assistência alimentar e abrigo têm aumentado consideravelmente.

A situação em Jordão atingiu um ponto crítico, evidenciado pelo dramático vídeo que circula nas redes sociais, mostrando uma casa sendo arrastada pela correnteza impiedosa do Rio Tarauacá. Essas imagens chocantes, capturadas por moradores locais, revelam a magnitude da tragédia que assolou essa cidade isolada no coração do Acre.

Apesar dos esforços hercúleos das autoridades locais e da solidariedade da população, os estragos são significativos. O Hospital Geral Dr. Márcio Rogério Camargo foi um dos locais mais afetados, obrigando a evacuação de pacientes, incluindo uma grávida que deu à luz em condições precárias. Danos materiais também foram registrados em outras instalações de saúde e infraestrutura urbana, aumentando ainda mais os desafios enfrentados pela comunidade.

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