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Flamengo

'Meninos do Ninho' não morreram dormindo, revela livro cinco anos após incêndio


Cinco anos se passaram desde o incêndio no Ninho do Urubu que vitimou dez garotos e continua sem responsabilização. Toda a tragédia anunciada será contada, com informações inéditas sobre o que ocorreu naquela madrugada, num livro que a Intrínseca lança em fevereiro.

"Longe do ninho", foi escrito por Daniela Arbex, que entrevistou as famílias dos dez jovens, sobreviventes, profissionais da perícia criminal e do IML, e ainda reuniu laudos técnicos, trocas de mensagens e e-mails, dados e relatos inéditos.

Entre as revelações do livro, a de que os meninos não morreram dormindo, como todos pensavam, inclusive os pais. Coube a Daniela — que montou um quadro detalhado do caminho das chamas, que atingiram uma temperatura superior a 600 graus — expor a verdade para os parentes das vítimas.

A autora relata também que o Flamengo, notificado por meio do então presidente Bandeira de Mello, se recusou a assinar um acordo que previa não só mudanças em relação aos aspectos de saúde do Ninho do Urubu, mas a "regularização da situação dos atletas da categoria de base" com a "adequação da estrutura física do espaço destinado ao acolhimento dos adolescentes residentes".

Na ocasião, o Flamengo alegou, por intermédio de seus advogados, que "as medidas estavam sendo providenciadas e/ou adequadas nos termos da legislação específica" e, por isso, o clube pedia o arquivamento do inquérito.

(Atualização, às 12h14. Eduardo Bandeira de Mello enviou a seguinte nota: "Sobre a matéria divulgada acerca do lançamento próximo do livro da jornalista Daniela Arbex sobre a tragédia do incêndio do Ninho do Urubu, gostaria de destacar os pontos a seguir: 1- Não fui procurado pela autora no processo de elaboração do livro. Como o texto ainda não está disponível para leitura, também não posso tecer considerações sobre o seu conteúdo. 2- Entendo que todas as informações relativas à tragédia devem ser aprofundadas e amplamente divulgadas para subsidiar a apuração dos fatos e para que não se deixe cair no esquecimento esse triste episódio, contudo, sem espetacularização e com respeito aos processos legais. 3- O processo que corre na Justiça do Rio é público, traz muitas informações , pareceres e depoimentos e sua leitura (de preferência com um bom assessoramento jurídico) é a melhor forma de esclarecimento sobre os lamentáveis fatos do dia 08/02/2019. Inclusive sobre a resposta da diretoria do clube ao MP e sobre os relatórios que atestaram o progresso e a melhoria de qualidade constantes das instalações destinadas à base desde 2014,até a ocupação do módulo definitivo em 2018. 4 - Já me pronunciei algumas vezes sobre a tragédia e seus desdobramentos. Eu não era mais presidente do clube nem participava da sua gestão desde dezembro de 2018. Deixamos 2 centros de treinamento e alojamentos com nível de excelência internacional prontos, acabados e inaugurados com ampla cobertura da imprensa. Na minha gestão os meninos da base já estavam ocupando as novas instalações e sobre isso há farta documentação comprobatória.")

O Globo

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