Emerson Jarude critica postura de Bocalom e cobra criação da Guarda Municipal

Durante a sessão desta terça-feira (15), na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), o deputado Emerson Jarude (Novo) voltou a criticar a gestão do prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PL), pela recusa em implementar a Guarda Municipal na capital.

Segundo o parlamentar, a falta de segurança nos espaços públicos tem causado prejuízos diretos à população e ao patrimônio do município. O parlamentar relembrou que, após episódios de violência, como o caso em que garis foram agredidos por ordem da prefeitura, até mesmo a Secretaria de Segurança Pública do Estado recomendou a criação da Guarda Municipal.

"Quando o prefeito diz que não quer a Guarda Municipal, ele está mandando um recado claro: de que a segurança da população não é prioridade. Isso impacta diretamente quem frequenta o Horto Florestal, o Parque da Maternidade e outros espaços públicos, que seguem sem segurança", afirmou.

Jarude também ressaltou que a maioria das capitais brasileiras já possuem guardas municipais. "Parece que, para o prefeito, todo o Brasil está errado e só ele está certo", ironizou.

O deputado criticou ainda a justificativa da prefeitura de investir apenas em câmeras de segurança, sem efetivo humano. "Câmera não impede assalto. Vi um comentário que resume bem isso: colocar câmeras e não ter guarda é como fechar a porta depois que o ladrão já saiu", disse.

O deputado finalizou apontando que o prefeito prefere ampliar cargos comissionados, chegando a nomear a própria esposa, do que investir em medidas reais para melhorar a segurança dos rio-branquenses.

No grande expediente, Jarude retornou à tribuna para denunciar a precariedade da educação infantil no município. Ele apresentou um vídeo com relatos de mães sobre a situação de uma do bairro Mocinha Magalhães, onde faltam professores, merendeiras e assistentes. Segundo ele, as crianças estão sendo liberadas mais cedo por falta de estrutura. "Como uma mãe vai se sentir segura em deixar o filho num ambiente onde falta tudo? ", questionou ele, cobrando ainda que a prefeitura priorize investimentos nos serviços essenciais.