O novo líder da Síria, Ahmed Al-Shaara, disse que vai “proteger a dignidade humana” durante a assinatura da nova Constituição temporária do país.
O novo líder da Síria, Ahmed Al-Shaara, disse que vai “proteger a dignidade humana” durante a assinatura da nova Constituição temporária do país. O documento, apresentado nesta quinta-feira (13/3), valerá por um período de transição de cinco anos.
A promessa de respeito aos direitos humanos, e da implementação de um governo menos linha dura como o anterior, acontece dias após o caos envolvendo forças governamentais, apoiadores do novo regime e os alauitas, grupo étnico-religioso do qual a família Assad faz parte.
Segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, cerca de 1,5 mil pessoas morreram durante os conflitos, a maioria civis alauitas. A princípio, entidades internacionais classifica o episódio como uma vingança direcionada aos ex-apoiadores do antigo regime.
Constituição provisória
Assim como na Constituição anterior, a nova diretriz síria determinou que o presidente do país deve ser muçulmano, e que a jurisprudência islâmica é a “principal fonte de legislação” do país.
A nova lei fundamental síria ainda destacou pontos como o compromisso do Estado com a liberdade de expressão, participação política, proteção aos direitos de liberdade de cidadãos sírios, e unidade nacional. Pontos que vem sendo repetidos por Al-Shaara, atual presidente interino da Síria e ex-jihadista.
Nos 53 artigos da Constituição provisório, ainda ficaram definidos termos para a retomada dos poderes legislativo e executivo no país, assim como das Forças Armadas. No texto também ficou proibido a criação de grupos, ou organizações, paramilitares.
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