Rio Acre volta a subir e atingiu a marca de 14,37 na medição das 9 horas

A Defesa Civil do Acre informou que o nível do Rio Acre em Rio Branco apresentou elevação na medição das 9h desta quinta-feira (13), atingindo 14,37 metros. Em Plácido de Castro, o rio transbordou, chegando a 18,85 metros, enquanto em Porto Acre, apesar da redução de 3 centímetros, o nível ainda se mantém acima da cota de transbordamento, marcando 12,81 metros.

Diante do avanço das águas, o governo estadual decretou situação de emergência por 180 dias para os municípios afetados. A medida foi publicada em edição extra do Diário Oficial do Estado (DOE) na última segunda-feira (10) e tem como objetivo mobilizar recursos e fortalecer o apoio às famílias impactadas pelas enchentes.

Municípios afetados

Na Bacia do Rio Acre, os municípios de Assis Brasil, Brasileia, Epitaciolândia, Xapuri e Capixaba seguem abaixo da cota de transbordamento. O mesmo ocorre nas Bacias do Rio Purus e do Rio Tarauacá-Envira, que incluem Sena Madureira, Manoel Urbano, Santa Rosa do Purus, Feijó, Tarauacá e Jordão. No entanto, na Bacia do Rio Juruá, Cruzeiro do Sul registrou 13,33 metros, ultrapassando a cota de transbordamento de 13 metros.

Impacto nas comunidades

Em Rio Branco, 24 ocorrências foram registradas, afetando 24 famílias, totalizando 78 pessoas. Destas, 16 famílias (62 pessoas) estão desabrigadas, enquanto 5 famílias (10 pessoas) estão desalojadas. Doze bairros foram atingidos pelas cheias.

Em Plácido de Castro, duas famílias receberam atendimento e precisaram ser retiradas de suas casas.

Acolhimento e assistência

Na capital, as famílias desabrigadas estão sendo acolhidas em dois abrigos:

• Escola Municipal Maria Lúcia, no bairro Morada do Sol: 9 famílias (30 pessoas);
• Escola Madre Hidelbranda da Pra, no bairro Cidade Nova: 7 famílias (31 pessoas).

O Corpo de Bombeiros informou que as famílias alojadas nas escolas serão transferidas para o Parque de Exposições Wildy Viana ainda nesta quinta-feira.

Medidas e segurança

A Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil (CEPDC) está mobilizada para minimizar os impactos das enchentes, enquanto a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) monitora as condições hidrometeorológicas em tempo real. A Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH) também atua na prestação de suporte às famílias atingidas.

A Energisa orienta a população a não tentar consertar falhas na rede elétrica e a desligar o disjuntor antes que a água entre na residência. Em caso de emergência, a concessionária pode ser acionada por meio dos canais oficiais de atendimento.

A população deve seguir as recomendações das autoridades e permanecer atenta a novas atualizações sobre os níveis dos rios e as ações emergenciais.