Após delegações dos Estados Unidos e Ucrânia se reunirem na Arábia Saudita, onde o lado ucraniano disse ter aceitado um acordo de cessar-fogo de trinta dias, Donald Trump agora joga a responsabilidade sobre o futuro da guerra no país comandado por Vladimir Putin.
Após delegações dos Estados Unidos e Ucrânia se reunirem na Arábia Saudita, onde o lado ucraniano disse ter aceitado um acordo de cessar-fogo de trinta dias, Donald Trump agora joga a responsabilidade sobre o futuro da guerra no país comandado por Vladimir Putin.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, classificou o primeiro contato diplomático público entre os dois países após o bate-boca na Casa Branca como “bom e construtivo”. O líder ucraniano ainda disse que seu país está pronto para aceitar a proposta do governo norte-americano, que sugeriu uma pausa na guerra por um período de trinta dias.
“A Ucrânia está pronta para aceitar esta proposta. Nós a vemos como um passo positivo e estamos prontos para tomá-la. Agora, cabe aos Estados Unidos convencer a Rússia a fazer o mesmo. Se a Rússia concordar, o cessar-fogo entrará em vigor imediatamente”, disse o líder ucraniano.
Depois da reunião no reino saudita, Trump revelou que vai falar com Putin nos próximos dias, e disse esperar que o presidente da Rússia também aceite o plano de paz. Datas para a conversa, contudo, não foram divulgadas.
“Espero que ele também concorde, e eu realmente acho que isso seria 75% do caminho”, destacou Trump. “O resto é documentar e, você sabe, negociar posições de terra”.
Por meio da chancelaria russa, o governo Putin sinalizou que o contato deve acontecer nos próximos dias, mas sem dar maiores informações.
Ainda assim, o atual movimento do governo norte-americano nas negociações sinaliza um pouco de pressão contra Moscou, mesmo com as diversas sinalizações positivas de Trump a Putin.
Isto porque, em declarações anteriores, o Kremlin já se mostrou contrário a um cessar-fogo no conflito, o que possibilitaria a Ucrânia se rearmar e impedir o que a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, chamou de “colapso das linhas de frente”.
Em 2024, Putin chegou a afirmar que só aceitaria negociar a paz caso o governo Zelensky aceitasse as perdas territoriais e desistisse de se aproximar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
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