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Trump força conversa entre Rússia e Ucrânia com Zelensky enfraquecido

Donald Trump deu um passo significativo no seu desejo de se tornar o homem que vai levar a paz para a guerra na Ucrânia, e manteve contatos com Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky sobre o conflito que pode completar três anos no próximo dia 20 deste mês.

Por Redação

13/02/2025 às 02:48:13 - Atualizado há

Donald Trump deu um passo significativo no seu desejo de se tornar o homem que vai levar a paz para a guerra na Ucrânia, e manteve contatos com Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky sobre o conflito que pode completar três anos no próximo dia 20 deste mês.


Negociações de paz

  • Trump conversou com Putin pela primeira vez desde que assumiu a Casa Branca, na quarta-feira, e sinalizou avanços nas negociações de paz entre Rússia e Ucrânia.
  • Mesmo antes de assumir a presidência dos EUA pela segunda vez, Trump já falava em acabar com a guerra na Ucrânia de forma rápida.
  • Diferentemente da administração norte-americana anterior, Trump possui bom trânsito com Putin, que já sinalizou a intenção de avançar nas negociações de paz com o presidente republicano.

Após a conversa com Putin, que durou cerca de uma hora e meia, Trump afirmou que os dois concordaram em trabalhar juntos, “muito próximos”, para encontrar uma solução para o conflito, e anunciou o início das negociações de paz. O presidente norte-americano ainda foi convidado a visitar a Rússia para discussões presenciais.

Logo em seguida, o presidente dos EUA procurou Volodymyr Zelensky para discutir o assunto, e disse que o líder ucraniano também quer a paz “assim como o presidente Putin”.

5 imagensO presidente dos EUA, Donald TrumpPresidente da Ucrânia, Volodymyr ZelenskyPutin se declara aberto a negociações "a qualquer momento" com Trump 1 de 5

Trump, Macron e Zelensky se reuniram em dezembro de 2024 na França

Divulgação/Presidência da França2 de 5

O presidente dos EUA, Donald Trump

Chip Somodevilla/Getty Images3 de 5

Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky

Viktor Kovalchuk/Global Images Ukraine via Getty Images4 de 5

Mikhail Svetlov/Getty Images5 de 5

Putin se declara aberto a negociações "a qualquer momento" com Trump

Reprodução

De acordo com Trump, um dos principais temas durante a conversa com o presidente da Ucrânia foi o encontro entre autoridades de Kiev e Washington, previsto para acontecer na sexta-feira (14/2) na Conferência de Segurança de Munique, na Alemanha. Zelensky já confirmou presença no evento, que deve reunir lideranças internacionais, diplomatas e militares.

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Realidade se impõem

Apesar do tom otimista dos três líderes mundiais, as negociações de paz têm tudo para esbarrar, inevitavelmente, na realidade da guerra na Ucrânia.

Desde a vitória de Trump, e a ameaça de que o apoio bilionário de Washington à Kiev pode diminuir sob a gestão do republicano, Zelensky já realizou alguns recuos e se mostrou disposto a concordar com termos antes vistos como inegociáveis.

Um dia antes de conversar com o líder norte-americano, Zelensky sugeriu a troca de territórios entre Ucrânia e Rússia para chegar a um acordo de paz. Antes, qualquer perca territorial era tema fora de cogitação para o presidente ucraniano.

A declaração de Zelensky surge cerca de seis meses após a invasão em Kursk, quando tropas ucranianas marcharam sobre a cidade russa e conquistaram partes do território, agora citado como possível moeda de troca pelo presidente da Ucrânia.

Depois da sugestão, o governo da Rússia se apressou para rejeitar a possível troca, que na prática não seria bom para os russos, já que as áreas ocupadas na Ucrânia são consideravelmente maiores do que a ocupação ucraniana em Kursk.

Além disso, Zelensky já falou que a paz só pode ser negociada caso seu país receba garantias de segurança vindas de nações aliadas, como uma possível entrada da Ucrânia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). A entrada ucraniana na aliança militar em um futuro próximo, no entanto, já foi descartada pelo chefe do bloco, Mark Rutte.

Analistas ouvidos pelo Metrópoles apontam que tais fatores, aliados a problemas enfrentados internamente pela Ucrânia, podem levar Zelensky a aceitar um acordo que não vá de encontro com seus desejos.

“Se a Ucrânia não negociar a paz agora e continuar a guerra, ela pode ser esgotada pelos russos”, explica Sandro Teixeira, professor da Escola do Comando e Estado-Maior do Exército do Brasil. “Esgotada no sentido de não conseguir colocar mais tropas e unidades em capacidade de lutar contra os russos, a não ser aqueles que já estão sofrendo muito o esgotamento do combate. Este é o momento para os ucranianos negociarem com alguma possibilidade de garantia dos Estados Unidos e da União Europeia”.

Fonte: Metrópoles
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