Vários hospitais dos Estados Unidos suspenderam os tratamentos de afirmação de gênero a menores de 19 anos, após a ordem executiva assinada por Donald Trump, na qual ele ameaça reter o financiamento federal a hospitais que oferecem os tratamentos.
Vários hospitais dos Estados Unidos suspenderam os tratamentos de afirmação de gênero a menores de 19 anos, após a ordem executiva assinada por Donald Trump, na qual ele ameaça reter o financiamento federal a hospitais que oferecem os tratamentos.
Em 30 de janeiro, o Virginia Commonwealth University Health and Children’s Hospital of Richmond suspendeu medicamentos e procedimentos cirúrgicos de afirmação de gênero para menores de 19 anos.
"Nossas portas permanecem abertas a todos os pacientes e suas famílias para triagem, aconselhamento, assistência médica mental e todas as outras necessidades de assistência médica", diz o hospital em comunicado.
No dia seguinte, o Hospital Nacional Infantil disse, em comunicado, que estava “suspenso todos os bloqueadores da puberdade e prescrições de terapia hormonal para pacientes jovens transgêneros, de acordo com as diretrizes da ordem executiva emitida pela Casa Branca esta semana”. A instituição destacou que "já não realiza cirurgias de afirmação de gênero em menores" e que reconhece "o impacto que essa mudança terá”.
A procuradora-geral de Nova York, Letitia James, enviou nesta segunda-feira (3/2) uma carta a instituições do sistema de saúde de Nova York, alertando que cumprir a ordem executiva de Trump poderia violar as leis antidiscriminação do estado de Nova York.
"Independentemente da disponibilidade de financiamento federal, escrevemos para lembrá-lo ainda mais de suas obrigações de cumprir as leis do estado de Nova York. Optar por recusar serviços a uma classe de indivíduos com base em seu status protegido, como negar a disponibilidade de serviços a indivíduos transgêneros com base em sua identidade de gênero ou seu diagnóstico de disforia de gênero, enquanto oferece tais serviços a indivíduos cisgêneros, é discriminação sob a lei de Nova York", afirma em carta.
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