O estado do Acre terminou o mês de novembro de 2024 com saldo negativo de 372 postos de trabalho formais, segundo dados divulgados pelo Novo Caged no último dia 27. O levantamento, baseado nos sistemas do e-Social, revelou que o Acre foi o estado com o maior número de desligamentos na região Norte, seguido por Rondônia. Nos demais estados da região, os saldos foram positivos.
Apesar do resultado negativo em novembro, o Acre manteve um desempenho positivo no acumulado de janeiro a novembro de 2024, com 51.391 admissões, 44.200 desligamentos e saldo positivo de 7.191 postos formais, representando uma variação relativa de 6,83%.
A maioria dos municípios acreanos registrou mais desligamentos do que contratações em novembro. Rio Branco liderou as perdas, com 110 postos formais fechados, seguido por Sena Madureira (-194), Senador Guiomard (-34), Bujari (-21) e Cruzeiro do Sul (-18).
Por outro lado, alguns municípios apresentaram saldos positivos. Brasiléia destacou-se com 33 novas contratações formais, seguida por Acrelândia, que registrou 14 novos postos.
Em âmbito nacional, novembro foi positivo, com 106.625 novos postos formais criados, impulsionados principalmente pelos setores de Comércio e Serviços. No entanto, o saldo no Acre destoou desse panorama, refletindo desafios econômicos específicos da região.
Egídio Garó, assessor da presidência da Fecomércio Acre, apontou alguns fatores que contribuem para o saldo negativo no estado. Entre eles, os altos custos de aquisição de matéria-prima e mercadorias, a insegurança econômica e o impacto do aumento do dólar, que encarece produtos importados e insumos necessários para a produção local.
"Além disso, a retirada de US$ 3 bilhões em investimentos estrangeiros e a migração de mão de obra local para outras regiões do País também contribuem para o cenário negativo", explicou Garó.
A expectativa para os próximos meses é de uma retomada mais consistente do mercado de trabalho, dependendo de melhorias no ambiente econômico e de estímulos ao desenvolvimento regional.
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