Saúde

Acre apresenta estabilidade nas mortes por AIDS e Brasil avança em metas de diagnóstico de HIV

Por Redação

29/12/2024 às 13:30:18 - Atualizado há

Nos últimos dez anos, o Acre apresentou uma taxa de mortalidade por AIDS estável, alcançando 2,3 óbitos por 100 mil habitantes em 2023, abaixo da média nacional de 3,9. A capital Rio Branco também registrou uma taxa inferior à nacional, com 2,7 óbitos. No ano, o estado contabilizou 21 mortes pela doença, segundo o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde.

Em 2023, o Brasil registrou um aumento de 4,5% nos diagnósticos de HIV em comparação a 2022, reflexo da ampliação da capacidade de detecção pelos serviços de saúde. No Acre, como no restante do país, os grupos mais afetados incluem homens jovens, com 70,7% dos casos notificados em pessoas do sexo masculino e 41% concentrados na faixa etária de 20 a 29 anos. Populações pretas e pardas e homens que fazem sexo com homens representam a maioria dos diagnósticos, destacando a relevância de abordar determinantes sociais para a resposta à epidemia.

Em âmbito nacional, o Brasil alcançou avanços significativos no combate à AIDS. Em 2023, o país cumpriu duas das três metas globais estabelecidas pela Organização das Nações Unidas (ONU) para eliminar a doença como problema de saúde pública. Segundo o Unaids, 96% das pessoas vivendo com HIV foram diagnosticadas, superando a meta de 95%, enquanto 95% das pessoas em tratamento alcançaram a supressão viral, tornando o vírus intransmissível.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, destacou a relevância desses avanços como resultado da reconstrução das políticas públicas, após períodos de retrocessos. "Esse trabalho é fruto do diálogo com a sociedade civil e movimentos históricos que sempre impulsionaram a centralidade da agenda", afirmou.

A ampliação da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), que exige testes para seu início, contribuiu para o aumento dos diagnósticos e inclusão imediata em tratamentos antirretrovirais. O desafio agora é reintegrar pessoas que interromperam o tratamento em governos anteriores e garantir que recém-diagnosticados tenham acesso ao acompanhamento adequado, promovendo melhor qualidade de vida.

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