A Quadrilha Junina Puxa o Fole, que tem suas raízes na rica cultura nordestina trazida pelos seringueiros ao Acre, foi recentemente reconhecida como Ponto de Memória pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), através da Portaria nº 579, de 29 de julho de 2021. Esse reconhecimento reforça seu papel no fortalecimento da memória social, cultural e histórica da região amazônica.
Integrante da Teia da Memória dos Pontos de Memória, uma importante rede de museologia social que atua em todo o território brasileiro, a Puxa o Fole está engajada em processos que visam a promoção, preservação e disseminação da cultura popular. A iniciativa desenvolve ações e programas voltados à identidade cultural e à valorização da memória coletiva, contando com o envolvimento direto da comunidade local.
Em outubro de 2024, a Puxa o Fole marcará presença no 1º Encontro dos Fóruns Regionais da Teia da Memória - Região Norte, organizado pela Comissão Preparatória da Teia da Memória, que conta com representantes da região norte, como Denilson Batista, Adriana, Auda e Murilo. Esses encontros, que antecedem o 8º Fórum de Museus previsto para acontecer em Fortaleza-CE entre os dias 25 e 29 de novembro de 2024, serão momentos cruciais para discutir o Regimento Eleitoral do Comitê Consultivo do Programa Pontos de Memória.
Os Fóruns Regionais representam uma oportunidade para que os pontos de memória, incluindo a Junina Puxa o Fole, possam fortalecer seu papel na construção e disseminação da memória social como política pública. A participação da Puxa o Fole reforça o compromisso com a valorização da cultura popular e com a preservação da memória de uma história rica e diversificada, que faz parte do patrimônio cultural da Amazônia.
"As quadrilhas juninas são guardiãs da memória da imigração nordestina e precisam ocupar esse importante espaço de representação do nosso patrimônio imaterial do Acre. Não só preservamos tradições, como também criamos espaços de inclusão e resistência cultural", destaca Romário Feitosa, coordenador geral da Puxa o Fole.
A participação da Junina Puxa o Fole na Teia da Memória reforça seu papel essencial na preservação e promoção das tradições culturais do Acre. Ao resgatar e valorizar a memória da imigração nordestina, a Puxa o Fole contribui para a construção de uma identidade cultural rica e diversificada na Amazônia. A articulação com outras iniciativas culturais e a parceria com o poder público e instituições nacionais, como o Ibram, são fundamentais para garantir que o patrimônio imaterial do Acre continue sendo reconhecido e celebrado.
Ao longo dos próximos meses, a Puxa o Fole seguirá engajada em processos de museologia social, promovendo o diálogo entre diferentes grupos culturais e comunidades, e reafirmando seu compromisso com a memória e a inclusão social, que são elementos centrais de seu trabalho.
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