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Ataque do Irã a Israel amplia o caos na região e eleva tensão global

Prestes a completar um ano, a guerra na Faixa de Gaza entre Israel e Hamas se alastrou pelo Oriente Médio e ampliou o caos regional, envolvendo diretamente países como Irã, Líbano, Iêmen, Iraque, Síria no conflito.

Por Redação

02/10/2024 às 03:02:08 - Atualizado há
Foto: Metrópoles

Prestes a completar um ano, a guerra na Faixa de Gaza entre Israel e Hamas se alastrou pelo Oriente Médio e ampliou o caos regional, envolvendo diretamente países como Irã, Líbano, Iêmen, Iraque, Síria no conflito.

O mais recente episódio aconteceu nessa terça-feira (1º/10), quando o território israelense foi alvo de um ataque do Irã.

Segundo as Forças de Defesa de Israel (FDI), 180 mísseis foram disparados pelos iranianos contra Israel, chegando a atingir a capital, Tel Aviv, e Jerusalém. A maioria deles, no entanto, foi abatida pelo sistema de defesa aéreo do país.

O regime iraniano chamou a ofensiva de uma ação “legal, racional e legítima” em resposta ao assassinato de importantes lideranças do Hamas e Hezbollah.

Além do Irã, acusado por Israel de estar por trás de ações do chamado “eixo da resistência” na região, a explosão da guerra na Faixa de Gaza também trouxe outros atores locais para o caos no Oriente Médio.

9 imagensTel Aviv foi atingida por um número entre 200 e 500 mísseisApenas 10 minutos após a primeira rajada de bombas, uma segunda onda de mísseis foi lançada sobre JerusalémIsrael encerrou viagens aéreas dentro e fora do paísSirenes de alerta estão soando na cidade sagrada de Jerusalém e na capital de IsraelCéu de Tel Aviv durante os ataques1 de 9

Ataque aéreo em Tel Aviv, capital de Israel

Magen David Adom - Folheto/Anadolu via Imagens Getty2 de 9

Tel Aviv foi atingida por um número entre 200 e 500 mísseis

Magen David Adom - Folheto/Anadolu via Imagens Getty3 de 9

Apenas 10 minutos após a primeira rajada de bombas, uma segunda onda de mísseis foi lançada sobre Jerusalém

Magen David Adom - Folheto/Anadolu via Imagens Getty4 de 9

Israel encerrou viagens aéreas dentro e fora do país

Magen David Adom - Folheto/Anadolu via Imagens Getty5 de 9

Sirenes de alerta estão soando na cidade sagrada de Jerusalém e na capital de Israel

Magen David Adom - Folheto/Anadolu via Imagens Getty6 de 9

Céu de Tel Aviv durante os ataques

Magen David Adom - Folheto/Anadolu via Imagens Getty7 de 9

Pelo menos 200 mísseis foram disparados contra Israel

Magen David Adom - Folheto/Anadolu via Imagens Getty8 de 9

Ataque do Irã foi anunciado

Magen David Adom - Folheto/Anadolu via Imagens Getty9 de 9

Israel afirmou, antes de ataque, estar de prontidão

Magen David Adom - Folheto/Anadolu via Imagens Getty

Hezbollah no Líbano

O Hezbollah foi um dos primeiros a anunciar apoio ao Hamas, e desde outubro de 2023 tem lançados ataques contra posições israelenses na fronteira.

A estimativa é de que mais de 60 mil israelenses foram forçados a deixar o norte do país – onde está localizada a região fronteiriça – após o início das agressões.

7 imagensÁrea atingida após o ataque aéreo do exército israelenseCarro junto de destroços Equipes de resgate vasculham escombros no local de um ataque israelense, BeiruteEquipes de resgate vasculham escombros em local de um ataque israelenseOperações de busca e resgate de vítimas de bombardeio israelense em Beirute 1 de 7

Carros, que se tornaram inutilizáveis, ??em área danificada por ataque enquanto os oficiais usam equipamentos pesados ??de construção para remover destroços no Líbano

Houssam Shbaro/Anadolu via Getty Images2 de 7

Área atingida após o ataque aéreo do exército israelense

Houssam Shbaro/Anadolu via Getty Images3 de 7

Carro junto de destroços

Houssam Shbaro/Anadolu via Getty Images4 de 7

Equipes de resgate vasculham escombros no local de um ataque israelense, Beirute

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Equipes de resgate vasculham escombros em local de um ataque israelense

Fadel Itani/NurPhoto via Getty Images6 de 7

Operações de busca e resgate de vítimas de bombardeio israelense em Beirute

Fadel Itani/NurPhoto via Getty Images7 de 7

Oficiais usam equipamento de construção para remover destroços após o ataque aéreo do exército israelense no distrito de Dahiyeh, no sul de Beirute

Houssam Shbaro/Anadolu via Getty Images

A intensificação da violência entre os dois lados já causou a morte de milhares de civis no Líbano, além de baixas importantes nas principais fileiras do grupo xiita, como o ex-líder do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah.

Nas últimas semanas, a situação escalou e provocou uma invasão terrestre de forças israelenses no Líbano. Segundo o governo de Benjamin Netanyahu, o endurecimento das ações no país visa reestabelecer a segurança na região para garantir o retorno de cidadãos israelenses, que deixaram o norte do país.

Houthis no Iêmen

Os Houthis, que fazem parte do chamado eixo da resistência, são outro grupo que iniciaram uma série de ataques em apoio ao Hamas desde o início do conflito em Gaza.

Atuando principalmente no Mar Vermelho, os alvos principais do grupo iemenita, que controla parte do Iêmen há dez anos, são embarcações com bandeiras de países que apoiam Israel na guerra.

4 imagensO grupo passou a se armar a partir de 2004, ano de sua primeira insurgênciaDesde 2014, os Houthis controlam boa parte do IêmenA estimativa é de que o grupo conte com cerca de 20 mil soldados1 de 4

Os Houthis foram criados nos anos 1990

Mohammed Hamoud/Anadolu via Getty Images2 de 4

O grupo passou a se armar a partir de 2004, ano de sua primeira insurgência

Mohammed Hamoud/Getty Images3 de 4

Desde 2014, os Houthis controlam boa parte do Iêmen

Mohammed Hamoud/Getty Images4 de 4

A estimativa é de que o grupo conte com cerca de 20 mil soldados

Mohammed Hamoud/Getty Images

Em julho deste ano, as ações dos Houthis fizeram com que Israel atacasse posições do grupo no Iêmen pela primeira vez.

A última onda de agressões entre os dois lados aconteceu no último mês. Enquanto os Houthis lançaram um míssil supersônico contra o território de Israel, as forças israelenses bombardearam estruturas do grupo no Iêmen.

Grupos no Iraque e Síria

Envolvidos em menor escala no conflito, Síria e Iraque também já viram os resquícios da guerra na Faixa de Gaza respingarem em seus territórios.

Liderada por Bashar al Assad, a Síria é um aliado histórico do Irã, e desde o início do conflito em Gaza tem sido alvo de ataques israelenses.

Já no Iraque, a Resistência Islâmica do Iraque reivindicou diversos ações contra o território de Israel, além de ter atacado bases dos EUA no país.

Em resposta, o governo de Benjamin Netanyahu já realizou ações militares contra os dois países. A última delas aconteceu na madrugada dessa terça-feira (1º/10), quando Israel atacou o país matando três civis, incluindo uma jornalista.

Escalada regional

Analistas ouvidos pelo Metrópoles apontam que os próximos passos militares de Israel e Irã serão determinantes para o futuro da região.

“Eu acho que essa última resposta do Irã ao ataque do Líbano bombardeando Israel vai causar consequências. E é preciso observar como elas serão recebidas internacionalmente”, afirma o analista de política internacional Vito Villar.

Além disso, especialistas alertam que um conflito regional entre importantes atores do Oriente Médio pode arrastar potencias mundiais para o caso na região.

“Se um conflito de larga escala eclodir entre potências regionais – como Israel, Irã e Arábia Saudita – as alianças internacionais poderiam rapidamente transformar esse embate em algo muito maior. A Otan, que tem compromisso de defesa mútua entre seus membros, poderia ser forçada a intervir em caso de ataques diretos ou de ameaças graves a seus interesses ou aliados. Da mesma forma, a Rússia, com fortes laços com o Irã e a Síria, e a China, buscando proteger suas rotas de abastecimento de petróleo, poderiam ser levadas a tomar posições mais agressivas”, explica o cientista político Eduardo Galvão.

Fonte: Metrópoles
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