Diante da intensificação dos ataques de Israel ao Líbano, o Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério das Relações Exteriores (Sinditamaraty) divulgou, nesta segunda-feira (30/9) uma carta na qual manifesta "extrema preocupação" com a segurança dos servidores do órgão e familiares em Beirute.
Diante da intensificação dos ataques de Israel ao Líbano, o Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério das Relações Exteriores (Sinditamaraty) divulgou, nesta segunda-feira (30/9) uma carta na qual manifesta "extrema preocupação" com a segurança dos servidores do órgão e familiares em Beirute.
"O agravamento da situação, em especial desde 20 de setembro, que já contabiliza mais de mil mortos nos bombardeios à capital libanesa, sendo cinco brasileiros entre as vítimas, gera crescente temor entre a comunidade brasileira no país", ressalta a nota do sindicato.
7 imagensCarros, que se tornaram inutilizáveis, ââem área danificada por ataque enquanto os oficiais usam equipamentos pesados ââde construção para remover destroços no Líbano
Houssam Shbaro/Anadolu via Getty ImagesÁrea atingida após o ataque aéreo do exército israelense
Houssam Shbaro/Anadolu via Getty ImagesCarro junto de destroços
Houssam Shbaro/Anadolu via Getty ImagesEquipes de resgate vasculham escombros no local de um ataque israelense, Beirute
Equipes de resgate vasculham escombros em local de um ataque israelense
Fadel Itani/NurPhoto via Getty ImagesOperações de busca e resgate de vítimas de bombardeio israelense em Beirute
Fadel Itani/NurPhoto via Getty ImagesOficiais usam equipamento de construção para remover destroços após o ataque aéreo do exército israelense no distrito de Dahiyeh, no sul de Beirute
Houssam Shbaro/Anadolu via Getty ImagesOs servidores lembram que, enquanto países como os Estados Unidos ordenaram a evacuação dos familiares do corpo diplomático no último sábado (28/9), a diplomacia brasileira ainda aguarda instruções claras do Ministério das Relações Exteriores (MRE).
"A inércia diante de um cenário de guerra coloca em risco a vida dos servidores e dos cerca de 20 mil brasileiros que residem no Líbano", prosseguem.
O Sinditamaraty pede que o MRE apresente, de forma imediata, um plano detalhado de evacuação e tome medidas urgentes para garantir a segurança de servidores e familiares.
Desde o fim da semana passada, brasileiros que vivem no país cobram uma atitude mais efetiva do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na tentativa de deixar o inflamado território libanês.
O Metrópoles colheu relatos de que a tensão no país escalou nos últimos dias, após o governo de Benjamin Netanyahu intensificar os ataques contra o país.
"Nós não sabemos o quanto essa guerra pode aumentar, o quão rápido ela pode escalar", disse a brasileira Carina Kadissi, que trabalha como guia turística no Líbano.
Logo após o aumento da tensão no Líbano, a Embaixada do Brasil em Beirute emitiu um alerta consular para brasileiros no país. No comunicado, além dos formulários sobre uma possível repatriação, a representação deu instruções de segurança para os cidadãos, como evitar aglomerações e áreas de risco, como o sul do território libanês.
Uma fonte do Itamaraty confirmou ao Metrópoles que a pasta tem uma estratégia pronta para retirar brasileiros do Líbano. No entanto, o plano precisa da aprovação do presidente Lula para ser posto em prática.
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