“Apoiaremos o exército do Líbano.
“Apoiaremos o exército do Líbano. Nestas circunstâncias dolorosas, a França ficará ao lado do Líbano e dos libaneses”, anunciou o ministro da Europa e dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Noël Barrot, durante entrevista coletiva em visita ao Líbano, realizada nesta segunda-feira (30/9). A informação é do jornal The Guardian.
Barrot ainda pediu que todas as partes envolvidas no conflito aceitem a proposta de cessar-fogo de 21 dias apresentada pelo presidente francês, Emmanuel Macron, e pelo presidente dos EUA, Joe Biden.
De acordo com o ministro, a proposta "ainda estava lá na mesa para ser discutida", ele disse aos repórteres. "Há esperança, mas o tempo é muito limitado". Israel Katz, ministro das Relações Exteriores de Israel, afirmou, na última quinta-feira (26/9), que o país não aceitaria a proposta de cessar-fogo dos dois países.
“Peço a Israel que interrompa qualquer incursão terrestre e pare de atirar e peço ao Hezbollah que não tome nenhuma medida que leve à desestabilização da segurança na região”, acrescentou Barrot.
8 imagensIbrahim Amro / Getty ImagesIbrahim Amro / Getty ImagesHoussam Shbaro/Anadolu via Getty ImagesIbrahim Amro / Getty ImagesHoussam Shbaro/Anadolu via Getty ImagesFadel Itani/NurPhoto via Getty ImagesStringer/Anadolu via Getty ImagesO ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, insinuou, durante declaração às Forças de Defesa de Israel (FDI), nesta segunda, que Israel pretende organizar uma invasão terrestre ao Líbano. Durante a fala, Gallant afirmou às tropas no norte do país que "usaremos todas as nossas capacidades – incluindo vocês".
Segundo o ministro, devolver israelenses às suas casas no norte do país – 60 mil foram forçados a evacuar devido a ataques de foguetes do Líbano – era "a missão da FDI". "É isso que faremos e mobilizaremos tudo o que for necessário: vocês, outras forças do ar, do mar e da terra", discursou o ministro.
De acordo com o Washington Post, Israel teria dito aos EUA que planeja uma operação terrestre "limitada" no Líbano, que pode começar "em breve".
Uma autoridade americana disse ao jornal que a campanha planejada por Israel seria "menor que sua última guerra contra o Hezbollah em 2006" e se concentraria em "limpar a infraestrutura militar ao longo da fronteira para remover a ameaça às comunidades israelenses".
O vice-líder do Hezbollah, Naim Qassem, afirmou, também nesta segunda, que o grupo está preparado para um combate e uma invasão terrestre israelense ao Líbano. Segundo ele, Israel não conseguirá alcançar seus objetivos.
"Enfrentaremos qualquer possibilidade e estamos prontos se os israelenses decidirem entrar por terra. As forças de resistência estarão prontas para um confronto terrestre", declarou o vice.