A passagem do furacão Helene pelos Estados Unidos matou, até o momento, 93 pessoas, afirmam autoridades estaduais e locais da Carolina do Sul, Flórida, Geórgia, Carolina do Norte e Virgínia.
A passagem do furacão Helene pelos Estados Unidos matou, até o momento, 93 pessoas, afirmam autoridades estaduais e locais da Carolina do Sul, Flórida, Geórgia, Carolina do Norte e Virgínia. Os cinco estados foram atingidos com fortes ventos e chuvas torrenciais, entre quinta-feira (26/9) e domingo (29/9).
As cidades foram deixadas em ruínas, com estradas e casas inundadas e milhões sem eletricidade. Cerca de mil pessoas continuam desaparecidas apenas no estado americano da Carolina do Norte, um dos mais impactados pelo fenômeno.
6 imagensSean Rayford/Getty ImagesMelissa Sue Gerrits/Getty ImagesJoe Raedle/Getty ImagesThomas Simonetti para The Washington Post via Getty ImagesJoe Raedle/Getty ImagesThomas Simonetti para The Washington Post via Getty ImagesA administradora da Agência Federal de Gestão de Emergências (Fema) dos Estados Unidos, Deanne Criswell, afirmou ao canal de TV norte-americano CBS que o furacão causou danos históricos no país.
“Esta é uma inundação histórica na Carolina do Norte [â¦] Não sei se alguém poderia estar totalmente preparado para a quantidade de inundações e deslizamentos de terra que estão tendo agora”, disse. “Esta será uma recuperação realmente complicada em cada um dos cinco estados [atingidos]", completou Criswell.
Veja alguns registros do furacão Helene, compartilhados nas redes sociais:
Pelo menos 93 pessoas morreram por causa do fenômeno no país: 37 na Carolina do Norte, 25 na Carolina do Sul, 17 na Geórgia, 11 na Flórida, duas no Tennessee e uma na Virgínia.
O furação Helene foi a oitava tempestade da temporada de furacões no Atlântico, em 2024. Na última quarta-feira (25/9), o fenômeno inundou partes da Península de Yucatán, no México. Em Cuba, deixou mais de 200 mil residências e empresas sem energia.
Já na quinta-feira (26/9), o Helene atingiu a Flórida, em Miami, como um furacão de categoria 4, em uma escala de classificação que vai até 5, com ventos de 225 km/h.
Uma usina nuclear desativada foi inundada pela enchente causada pelo fenômeno. De acordo com a empresa responsável pela usina, Duke Energy Corp., apesar de o material radioativo estar seguro, “os impactos [do evento] são desconhecidos neste momento.”
De lá ele foi em direção à Geórgia, onde casas foram destruídas e rodovias ficaram cobertas por destroço. Por fim, os estados da Carolinas do Sul e do Norte e o Tennessee foram atingidos com chuvas torrenciais entre sexta-feira (27/9) e domingo (29/9), após o enfraquecimento do Helene.
Segundo a porta-voz do Fema norte-americano, a devastação causada pelo furacão Helene está ligada à emergência climática. “Esta tempestade demorou um pouco para se desenvolver, mas, uma vez que aconteceu, ela se intensificou muito rapidamente – e isso é por causa das águas quentes no Golfo, que estão criando mais tempestades que estão atingindo este nível de categoria principal.”
Ela explicou, durante entrevista à CBS, que as condições climáticas criaram uma maior quantidade de tempestade nas áreas costeiras, o que aumentou as chuvas à medida que a tempestade se deslocou para o norte do país.
“No passado, os danos dos furacões eram principalmente causados ââpelo vento, mas agora estamos vendo muito mais danos causados ââpela água, e isso é resultado das águas quentes, que são consequência das mudanças climáticas", disse Criswell à CBS.
Com o tufão Yagi atingindo a Ásia, a tempestade Boris na Europa e inundações extremas na região Sahel, que atravessa 13 países da África, o furacão Helene encerra fenômenos do tipo no mês de setembro.