O ex-presidente e candidato pelo Partido Republicano, Donald Trump, foi vítima de uma segunda tentativa de assassinato nesse domingo (15/9), enquanto jogava em seu clube de golfe em West Palm Beach, na Flórida.
O ex-presidente e candidato pelo Partido Republicano, Donald Trump, foi vítima de uma segunda tentativa de assassinato nesse domingo (15/9), enquanto jogava em seu clube de golfe em West Palm Beach, na Flórida.
O suspeito, que estava escondido em arbustos ao redor do clube, foi identificado antes de efetuar os disparos por agentes do Serviço Secreto.
O homem foi identificado como Ryan Wesley Routh, de 58 anos. Ele proprietário de uma pequena empresa de construção no Havaí e ficou conhecido nacionalmente por sua militância pró-Ucrânia. Ryan chegou a se voluntariar na Guerra da Ucrânia, passando um tempo no país.
Na manhã dessa segunda-feira (16/9), em uma audiência que durou cerca de oito minutos, o Departamento de Justiça apresentou duas acusações contra Ryan Wesley Routh: porte irregular de arma de fogo e posse de arma de fogo com número de série apagado.
10 imagensHennadii Minchenko / Getty ImagesreproduçãoJabin Botsford/The Washington Post via Getty ImagesGetty Images Anna Moneymaker/Getty ImagesReprodução/MSNBCJeff Swensen/Getty ImagesAnna Moneymaker/Getty ImagesJabin Botsford/The Washington Post via Getty ImagesJabin Botsford/The Washington Post via Getty ImagesSe condenado pelas duas acusações, Ryan pode pegar até 20 anos de prisão, pois porte irregular de arma de fogo pode acarretar uma pena de até 15 anos, multa de US$ 250.000 e três anos de liberdade supervisionada. Pela segunda acusação, a pena pode ser de cinco anos de prisão, multa de US$ 250.000 e também três anos de liberdade supervisionada.
O procurador-geral Merrick Garland afirmou que o Departamento de Justiça "trabalhará incansavelmente para garantir a responsabilização e usará todos os recursos disponíveis para apoiar esta investigação".
Segundo os documentos de acusação, um agente especial do FBI afirmou que o celular de Routh passou quase 12 horas nas proximidades do campo de golfe de Trump em West Palm Beach. Consta também que o suspeito já havia sido condenado na Carolina do Norte por uma acusação de crime de posse de “arma de morte e destruição em massa”.
A denúcia ainda destaca que uma testemunha viu o suspeito tentando deixar a cena em um carro esportivo Nissan. Ele foi parado cerca de 45 minutos depois na Interstate 95 e informou aos policiais que sabia por que estava sendo parado. O carro estava com uma placa adulterada.
Segundo a acusação, os investigadores encontraram uma câmera digital e uma AK-47 carregada, com um número de série apagado.
O xerife do condado de Martin, na Flórida, William Snyder, responsável pela prisão de Ryan Wesley Routh, disse à CNN que Routh estava tão calmo que eles se questionaram se tinham encontrado o homem certo.
Após a tentativa de atentado, Trump fez uma postagem na sua rede social, Truth Social. "LUTE, LUTE, LUTE!!!!!”, repetindo as palavras que usou após o atentado sofrido na Pensilvânia. O primeiro atentado sofrido pelo republicano foi há pouco mais de dois meses durante um comício em Butler.
“NÃO TENHA MEDO! Estou seguro e bem, e ninguém se machucou. Graças a Deus! Mas há pessoas neste mundo que farão de tudo para nos impedir. Não vou parar de lutar por você. Eu nunca me renderei! Eu sempre amarei você por me apoiar. Por meio da nossa UNIDADE, faremos a América grande novamente!”, escreveu Donald Trump.
Em uma entrevista à Fox News Digital, mais uma vez, Trump culpou Joe Biden e Kamala Harris pelo atentado.
"A retórica deles está fazendo com que eu seja baleado, quando sou eu quem vai salvar o país e eles são os que estão destruindo o país tanto de dentro quanto de fora. Ele [Ryan] acreditou na retórica de Biden e Harris, e agiu de acordo com ela", afirmou Trump.
Pouco tempo depois, o ex-presidente usou sua rede social para afirmar que “por causa dessa retórica comunista de esquerda, as balas estão voando e isso só vai piorar!".
De acordo com a imprensa norte-americana, o ex-presidente teria ficado chocado com o que o FBI descreveu como a segunda tentativa de assassinato contra ele em dois meses. Porém, na tarde de domingo, ele já estava fazendo piadas sobre o assunto em ligações telefônicas com conselheiros e aliados.
Joe Biden disse que foi informado por sua equipe de segurança sobre a tentativa de assassinato sofrida por Trump, e que o FBI seguirá investigando. Biden ainda destacou que não há espaço para violência política no país e, por isso, garantirá que o Serviço Secreto forneça todos os materiais necessários para a segurança de Donald Trump.
"Como eu disse muitas vezes, não há lugar para violência política ou para qualquer violência em nosso país. Orientei minha equipe a continuar a garantir que o Serviço Secreto tenha todos os recursos, capacidades e medidas de proteção necessárias para garantir a segurança contínua do ex-presidente", disse Biden.
"Estou aliviado que o ex-presidente esteja ileso. Há uma investigação ativa sobre este incidente, enquanto a polícia reúne mais detalhes sobre o que aconteceu", completou Biden.
A vice-presidente Kamala Harris e opositora de Donald Trump na disputa presidencial de 5 de novembro disse estar "perturbada" com a tentativa de assassinato do republicano.
"Estou profundamente perturbada com a possível tentativa de assassinato do ex-presidente Trump. À medida que reunimos os fatos, serei clara: condeno a violência política. Todos nós devemos fazer a nossa parte para garantir que este incidente não leve a mais violência", escreveu Kamala.
A candidata ainda afirmou estar grata que Trump esteja seguro e elogiou o trabalho do Serviço Secreto.
"Sou grata que o ex-presidente Trump esteja seguro. Elogio o Serviço Secreto dos EUA e os parceiros de aplicação da lei por sua vigilância. Como disse o presidente Biden, nossa Administração garantirá que o Serviço Secreto tenha todos os recursos, capacidades e medidas de proteção necessárias para executar sua missão crítica", concluiu a vice-presidente.