Boca do Acre vive mais um capítulo decisivo na corrida eleitoral com a impugnação da candidatura de Maria das Dores Oliveira Munhoz, conhecida como Dorinha, ex-prefeita do município e até então candidata a vice-prefeita na chapa encabeçada por Luciana Melo. A decisão, proferida pela juíza Janeiline de Sá Carneiro, da Justiça Eleitoral de Boca do Acre, atendeu a um pedido do Ministério Público Eleitoral (MPE), que apontou pendências administrativas não sanadas durante a gestão de Dorinha como prefeita entre 2009 e 2012.
A ex-prefeita, que também já ocupou uma cadeira na Câmara Municipal como vereadora, foi incluída na lista de inelegíveis devido a condenações relacionadas a sua administração à frente do Executivo municipal. Essas pendências, que não foram resolvidas a tempo, a colocaram na chamada "malha fina da inelegibilidade", impossibilitando sua participação no pleito deste ano.
Segundo a decisão judicial, as irregularidades detectadas na prestação de contas e na administração de recursos públicos durante o mandato de Dorinha foram determinantes para sua inelegibilidade. Com a decisão da Justiça Eleitoral, o nome de Dorinha foi automaticamente retirado da disputa, levando a um abalo significativo na chapa liderada por Luciana Melo, atual vice-prefeita, que concorre contra o próprio irmão, apoiado pelo prefeito de Boca do Acre, Zeca Cruz, e contra Frank Barros, irmão do prefeito de Lábrea.
Já existe um burburinho de que Luciana pode anunciar no próximo dia 20 de setembro, uma possível fusão com o irmão. O fato é que a impugnação de Dorinha reconfigura as forças em jogo, abrindo novas possibilidades para seus adversários.
Até o momento, Dorinha e a coligação não se pronunciaram sobre novas tentativas de reaver a candidatura, ou mesmo o novo nome, até mesmo a possibilidade de desistência de Luciana Melo ao cargo de prefeita.
Jornal Opinião