O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou uma parceria com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) para o desenvolvimento de um projeto agrícola de 10 mil hectares, com o objetivo de produzir alimentos no país.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou uma parceria com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) para o desenvolvimento de um projeto agrícola de 10 mil hectares, com o objetivo de produzir alimentos no país.
O anúncio foi feito durante o programa semanal de Maduro na televisão estatal venezuelana.
Simone Magalhães, dirigente do MST, participou da transmissão ao lado de Maduro para comentar sobre o projeto, que tem como meta futura expandir para 100 mil hectares produtivos.
Durante o programa, o presidente venezuelano destacou a experiência "altamente bem-sucedida" do MST no Brasil, referindo-se ao histórico do movimento no apoio à reforma agrária e à produção agrícola.
Após o anúncio, Jorge Arreaza, ex-vice-presidente venezuelano e atual secretário-executivo da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba), manifestou apoio à parceria entre o governo venezuelano e o MST.
O secretário também aproveitou para alfinetar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
"O presidente Nicolás Maduro cumpre o projeto sonhado pelo comandante Hugo Chávez e pelo MST (e pelo governo brasileiro da época, diferente do atual)", escreveu Arreaza, em publicação no Telegram.
2 imagensIgo Estrela/Metrópoles. @igoestrelaRicardo Stuckert/PRJorge Arreaza estava se referindo ao primeiro mandato de Lula, que apesar de Lula ter reassumido a presidência do Brasil, tem demonstrado um afastamento em relação ao governo chavista.
As relações entre os governos de Venezuela e Brasil têm enfrentado tensões devido ao resultado das eleições venezuelanas, que teve Maduro eleito presidente.
O Brasil é um dos países que contesta o resultado e pede a divulgação das atas eleitorais. Lula sugeriu, ainda, juntamente com o presidente colombiano Gustavo Petro, que o governo venezuelano promovesse novas eleições ou formasse um governo de coalizão — proposta que foi rechaçada por Maduro como interferência externa nos assuntos internos do país. A oposição ao presidente venezuelano classificou a sugestão de Lula como “falta de respeito”.