Andrew McCabe, ex-vice-diretor do FBI, a polícia federal norte-americana, que foi demitido por Donald Trump, afirmou que o republicano pode ser visto como um agente ativo da Rússia, apesar de não no sentido tradicional.
Andrew McCabe, ex-vice-diretor do FBI, a polícia federal norte-americana, que foi demitido por Donald Trump, afirmou que o republicano pode ser visto como um agente ativo da Rússia, apesar de não no sentido tradicional.
McCabe compunha a liderança do FBI, atuando como diretor interino durante investigações sobre a interferência russa na eleição de 2016 e ligações entre Trump e Moscou. Em março de 2018, o ex-presidente demitiu McCabe, dois dias antes de sua aposentadoria.
Ao ser questionado no podcast, One Decision, coapresentado por Sir Richard Dearlove, ex-chefe do MI6, serviço de inteligência britânico, se ele acreditava que Trump atuava como um agente russo McCabe disse “eu acho, eu acho”.
"Não sei se eu o caracterizaria como ativo, recrutado, ativo, da forma como as pessoas na comunidade de inteligência pensam nesse termo. Mas acho que Donald Trump nos deu muitas razões para questionar sua abordagem ao problema da Rússia nos Estados Unidos, e acho que sua abordagem para interagir com Vladimir Putin, seja por telefonemas, reuniões cara a cara, as coisas que ele disse em público sobre Putin, todas levantam questões significativas”, explicou Andrew McCabe.
Ao longo da conversa, também foram questionadas falas de Trump sobre a guerra da Ucrânia. O ex-agente destacou que “você tem que fazer algumas perguntas muito sérias sobre por que Donald Trump tem esse tipo de admiração bajuladora por Vladimir Putin de uma forma que nenhum outro presidente americano, republicano ou democrata, jamais teve”.
McCabe ressalta que possui “preocupações muito sérias” sobre a possibilidade de um segundo mandato de Trump, pois isso ampliaria a capacidade da Rússia em interferir nos assuntos dos EUA.
"Pode ser apenas um mal-entendido fundamental desse conjunto de problemas que é sempre um problema. Isso é sempre uma possibilidade. E eu acho que o outro lado desse espectro seria que há algum tipo de relacionamento ou um desejo por um relacionamento de algum tipo, seja ele econômico ou orientado para os negócios, o que você quiser. Eu acho que essas são possibilidades. Nenhuma delas foi provada. Mas como um oficial de inteligência, essas são as coisas em que você pensa”, explica o ex-agente.
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