A 54 dias das eleições nos EUA e após o primeiro debate presidencial dos Estados Unidos entre Kamala Harris e Donald Trump, nessa terça-feira (10/9), os candidatos se veem em uma situação cada vez mais delicada: a de conquistar os votos dos indecisos.
A 54 dias das eleições nos EUA e após o primeiro debate presidencial dos Estados Unidos entre Kamala Harris e Donald Trump, nessa terça-feira (10/9), os candidatos se veem em uma situação cada vez mais delicada: a de conquistar os votos dos indecisos.
O Metrópoles conversou com o internacionalista Emanuel Assis, que elegeu Kamala Harris como a grande vencedora do embate. E ele vai além e diz que o cenário após o debate, que foi transmitido pela rede de TV ABC News, deve ser mais frutífero para a democrata, devido ao seu bom desempenho, mas, também, por ter alçado a vice-presidente dos EUA ao conhecimento nacional, desvinculando-a da imagem de Joe Biden.
“Do lado democrata, espera-se que o bom desempenho da Harris no debate tenha angariado uma boa parte dos votos indecisos no país, agora que ela mostrou o seu rosto a nível nacional, as suas propostas e as suas agendas também. Isso faz com que a campanha se afaste ainda mais da imagem do Biden e isso pode aumentar a vantagem da Kamala na corrida e o desafio vai ser manter essa energia de campanha e ritmo de campanha até novembro”, explica Emanuel.
O especialista ainda ressalta que Kamala se “colocou como uma espécie de alternativa política nos Estados Unidos, apresentando uma agenda própria, posicionamentos próprios e se desvinculando, mesmo que a partir de uma reivindicação dos avanços da atual gestão”.
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Kamala Harris
Win McNamee/Getty ImagesTrump no debate
Chip Somodevilla/Getty ImagesKamala e Trump no debate
Win McNamee/Getty ImagesDonald Trump
Win McNamee/Getty ImagesCandidatos no debate
Win McNamee/Getty ImagesKamala no debate
Win McNamee/Getty ImagesKamala e Trump apertando mãos
Michael M. Santiago/Getty ImagesLíderes no evento de 11 de setembro
Michael M. Santiago/Getty ImagesKamala e Trump apertando mãos
Win McNamee/Getty ImagesJá para Donald Trump, o internacionalista diz que o principal desafio daqui para frente será reverter a imagem que a derrota no primeiro confronto direto deixou.
“Do lado republicano o principal desafio vai ser tentar reverter o fracasso que foi o desempenho do Donald Trump e, para isso, eles vão aumentar ainda mais os ataques à candidatura democrata e às associações com os fracassos da gestão do Biden em determinadas agendas”, diz Emanuel.
O internacionalista ressalta que “a energia de campanha vai aumentar substancialmente, principalmente na reta final, e os ataques de uma candidatura a outra também, como foi observado no debate, com o Trump tentando associar a Kamala ao Biden atacando a gestão democrata, e a Kamala Harris fazendo a todo momento um levantamento de dados da gestão republicana para tentar desmoralizar a gestão do republicano”.
Os candidatos foram questionados sobre a possibilidade de participarem de mais um debate juntos. Donald Trump, em entrevista à Fox News, afirmou que não gostaria de realizar mais um debate, enquanto a campanha de Kamala disse que ela está pronta para o republicano.
"Bem, eu estaria menos inclinado a isso, porque tivemos uma ótima noite. Nós ganhamos o debate", provocou Trump.
O vice-gerente de campanha de Kamala Harris, Quentin Fulks, afirmou: "Eu acredito que ambas as campanhas terão que concordar com um prazo, mas acho que a vice-presidente está aberta a um debate em outubro".
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