A poluição do ar, especialmente em regiões como a Amazônia, está provocando um impacto devastador na saúde da população, com efeitos imediatos e de longo prazo. Segundo o médico cardiologista Dr. Odilson Silvestre, graduado pela Universidade Federal do Rio Grande e com pós-doutorado na Universidade Harvard, a exposição contínua à fumaça, comum em períodos de queimadas, pode reduzir a expectativa de vida em até dois anos e tem sido uma das maiores causas de internações hospitalares.
"Nos dias de maior poluição, vemos um aumento significativo no número de pacientes com doenças respiratórias", afirma o especialista. Crianças, idosos e pessoas com doenças pulmonares crônicas são as mais afetadas. O médico alerta que o aumento da poluição do ar é responsável por mais mortes do que o colesterol alto ou o diabetes.
Para minimizar os riscos, Dr. Odilson Silvestre recomenda que a população adote medidas imediatas em dias de má qualidade do ar. "Ficar em casa, usar purificadores de ar e, quando for necessário sair, utilizar máscaras N95, são algumas formas de proteger a saúde", orienta. No entanto, ele reforça que essas precauções são apenas paliativas.
O cardiologista destaca a necessidade de uma ação mais efetiva por parte das autoridades ambientais e do governo para conter o avanço da poluição atmosférica. "Precisamos reduzir as queimadas, tanto em áreas florestais quanto nos campos, para garantir que no próximo verão a população não sofra as mesmas consequências," defende Dr. Odilson Silvestre.
Com a poluição se tornando um fator de risco maior a cada ano, o especialista reforça que as mudanças não podem depender apenas da responsabilidade individual. "É um problema de saúde pública que precisa de soluções sistêmicas para que possamos respirar um ar mais limpo e saudável no futuro."
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