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Deepfake mostra Bolsonaro pedindo voto a Marçal; vídeo pode ser crime eleitoral

Um vídeo recentemente viralizado nas redes sociais tem gerado preocupações sobre o uso de inteligência artificial (IA) nas Eleições 2024.

Por Redação

28/08/2024 às 12:53:53 - Atualizado hĂĄ
Foto: Terra

Um vídeo recentemente viralizado nas redes sociais tem gerado preocupações sobre o uso de inteligência artificial (IA) nas Eleições 2024.

O material, que exibe o ex-presidente Jair Bolsonaro pedindo votos ao candidado à prefeitura de São Paulo Pablo Marçal, é um exemplo de como a tecnologia de deepfake pode ser utilizada para manipular informações e enganar o público.

O apoio do ex-presidente, no entanto, é para o prefeito e candidato à reeleição Ricardo Nunes (MDB). Esse tipo de fraude digital não apenas põe em risco a segurança empresarial, mas também ameaça a justiça eleitoral.

O deepfake, uma técnica de IA que permite alterar vídeos e fotos de forma extremamente realista, já foi usado para clonar as imagens e vozes de figuras públicas, como as cantoras Anitta e Taylor Swift e o jornalista William Bonner.

Em outro caso recente, fora do Brasil, o candidato à presidência dos Estados Unidos Donald Trump compartilho fotos e vídeos de Taylor Swift declarando apoio à sua candidatura. O conteúdo, no entanto, foi gerado por inteligência artificial.

Justiça

Em decisões mais recentes, a Justiça brasileira começou a traçar limites para o uso dessa tecnologia, estabelecendo punições para o emprego de imagens modificadas em campanhas eleitorais.

No início do ano, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) publicou resoluções que proíbem o uso de inteligência artificial para criar materiais de campanha destinados a difamar candidatos adversários.

A utilização da tecnologia, no entanto, é permitida apenas quando utilizada para beneficiar o próprio candidato que a emprega, e o conteúdo gerado deve deixar claro que foi produzido com o auxílio de tecnologia de IA.

O vídeo que circula nas redes em que Bolsonaro solicita votos para Marçal ainda não tem uma autoria definida. Apesar disso, caso seja descoberto que o conteúdo é resultado de uma campanha oficial, isso poderá resultar na cassação da chapa envolvida.

 

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