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Queimadas

Incêndio é registrado em área de vegetação próxima a hospitais no Acre

Fogo às margens da BR-364 causou muita fumaça ao longo dos km 136 e 137 da rodovia. Região fica próxima à Fundhacre, Hospital do Idoso, Hospital do Câncer, prédios do TRE-AC, do TJ-AC, da Polícia Federal, dentre outros órgãos públicos. Bombeiros foram chamados.


Um incêndio de grandes proporções foi registrado em uma área de vegetação que fica próxima à Fundação Hospital Estadual do Acre (Fundhacre), Hospital do Idoso e do Câncer na tarde desta segunda-feira (26) em Rio Branco. A fumaça pôde ser vista ao longo dos quilômetros 136 e 137 da BR-364, uma das principais rodovias do Acre.

Uma equipe da Rede Amazônica Acre esteve no local e fez imagens da situação. Os vídeos e fotos mostram muita fumaça na rodovia e os carros passando com a velocidade reduzida para evitar acidentes devido à baixa visibilidade na área.

Além dos hospitais, na região do incêndio ficam instalados também um supermercado, a sede da Polícia Federal (PF-AC), condomínios, o Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC), igreja evangélica, a sede do Ministério do Público Federal (MPF-AC), a Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Acre (OAB-AC), a sede do Tribunal Eleitoral do Acre (TRE-AC), a Escola Técnica Maria Moreira da Rocha e o Centro Universitário do Norte (Uninorte).

O Corpo de Bombeiros do Acre informou que uma equipe foi designada para ir ao local. "Estamos atendendo várias ocorrências em vegetação, estamos empenhados em acabar esses focos. Estamos, em média, com quatro a cinco ocorrências por dia em nosso batalhão", explicou o sargento Adelson.

A comandante operacional da Capital e Entorno, capitã Francisca Fragoso, explicou que as equipes receberam reforços para atender as ocorrências. Em Rio Branco, por exemplo, as ações de combate contam com nove equipes para atender ocorrências de incêndio em vegetação.

"Estamos com a Operação Fogo Controlado desde o mês de julho, suplementamos nosso efetivo, em uma parceria com o Ministério da Justiça e a Secretaria de Segurança Pública, e fizemos um acréscimo em nossas equipes para atender os incêndios florestais. As pessoas estão queimando de forma significativa e, mesmo com todo implemento de efetivo, temos ocorrências acumuladas devido à população estar queimando de maneira desordenada", lamentou.

Por conta do tempo seco, a capitã destaca que o vento acaba espalhando as chamas para diversas regiões. "Às vezes, a pessoa acha que vai queimar apenas seu lixo, fazer um pequeno foco, mas, em razão do tempo estar bastante seco, acontece desse fogo ficar desordenado e sem controle. Então, a população precisa ter compreensão dos riscos que qualquer ação voltada para à queima pode trazer uma grande consequência", disse.

Queimadas no Acre

Seca de rios e igarapés, baixa umidade do ar e muitos focos de incêndios. Esta é a realidade do Acre no período em que a estiagem se intensificou ainda mais. É neste cenário que o estado chegou ao seu pior mês de agosto em relação aos registros de queimadas, com 3.482 focos até este domingo (25), segundo monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Antes mesmo do fechamento do mês, o índice já supera todas as marcas do mês nos anos anteriores, na série histórica que se inicia em 1998. Até então, o pior índice havia sido detectado em agosto de 2010, com 2.444 focos, segundo o Inpe.

Na comparação com o mesmo período em 2023, os dados são ainda mais preocupantes: em agosto do ano passado, foram 352 focos, o que equivale a um aumento de 889% entre um ano e outro.

Ainda no oitavo mês, o ano de 2024 também já supera 2022 (1.599) e 2023 (1.666) no total de queimadas. Entre 1º de janeiro e 25 de agosto deste ano, ainda segundo o monitoramento do Inpe, o Acre já teve 5.280 focos.

Este total também representa 96% do total de registros de 2021, que fechou em 5.469. O pior ano da série histórica é 2010, com 7.291 focos.

O crescimento também foi exponencial entre julho e agosto. O número de queimadas registrados, segundo o Inpe, ficou em 499 no mês passado. A variação foi de 597% a mais na comparação com agosto.

A análise histórica dos dados também mostram que o alcance e a destruição provocadas por estes focos também preocupam. De acordo com um levantamento do projeto Acre Queimadas, que envolve diversos órgãos ambientais e pesquisadores, 2022 foi o segundo ano com maior área queimada mapeada desde 2005, quando foi registrado o ano mais crítico no estado.

"Em 2022, foram registrados 322.019 ha (3.220 km2) de queimadas em áreas antropizadas, cerca de 29% maior que no ano de 2021, ano com a segunda maior estimativa desde 2005. Aproximadamente 51% do fogo mapeado em 2022, ocorreu em áreas antropizadas consolidadas, desmatadas antes de 2021. Nestas áreas, o uso do fogo está possivelmente associado às práticas de manejo agropecuário (pastagens e agricultura anual ou perene). O restante das áreas afetadas pelo fogo, que contabilizam 49% do total da área queimada, foram detectadas em áreas desmatadas em 2021 e 2022, ou seja, o fogo foi utilizado para completar o processo do desmatamento", destaca o relatório.

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