Desabamento da ETA II em Rio Branco compromete abastecimento de água

Na manhã desta quarta-feira, 24, parte da estrutura da Estação de Tratamento de Água II (ETA II) desabou na Via Verde, em Rio Branco, por volta das 10h. O incidente causou um impacto significativo no abastecimento de água da cidade, afetando várias regiões que terão o fornecimento de água reduzido ou interrompido.

O prefeito Tião Bocalom esteve presente no local durante a tarde para acompanhar as obras emergenciais necessárias para reparar os danos. Em entrevista, Bocalom destacou a gravidade da situação e a necessidade de economizar água neste período crítico. "É um período difícil, esta situação já vem sendo anunciada há mais de 20 anos, e estourou na nossa mão. Eu nunca deixei faltar dinheiro, mas agora precisamos cuidar. Estamos fazendo um paliativo, mas as pessoas têm que economizar água, tenham paciência que vamos resolver", explicou.

Bocalom afirmou que Alan Rick está auxiliando com um recurso de quase R$ 17 milhões, e que já foram realizadas cotações para a compra dos materiais necessários assim que o dinheiro estiver disponível. "Quando o dinheiro sair, faremos o pedido", disse o prefeito, ressaltando que cerca de R$ 200 milhões já foram investidos em recursos, mas a sustentabilidade financeira da prefeitura ainda é uma preocupação.

O diretor-presidente do Serviço de Água e Esgoto de Rio Branco (Saerb), Enoque Pereira, informou que os bairros do Segundo Distrito, Calafate, Ipê e a região entre o Tribunal de Contas do Estado e Alphaville serão os mais afetados. Pereira destacou que o colapso da estrutura já estava sendo anunciado desde a última enchente e que esta é a terceira intervenção feita no local. "Dessa vez, colapsou, então vamos fazer cuidados paliativos", explicou.

Ele também mencionou que os grandes reparos necessários na ETA II são muito custosos e, por isso, não haviam sido realizados anteriormente. No entanto, estão aguardando repasses que serão feitos em três parcelas, totalizando R$ 16,8 milhões.

O prefeito Bocalom assegurou que o período máximo para os reparos gira em torno de 48 horas e que os cuidados paliativos estarão concluídos em breve, visando restabelecer o abastecimento de água na cidade o mais rápido possível.